Junta
o sal que incendeia os olhos
à poeira sobrante,
A poeira amarga dos dias mal terminados.
Por cima
despeja uma pitada dessa espuma que
distrai.
E um pouco
do unguento corrosivo das maleitas
díspares.
Não esquecer as lentes neófitas,
as lentes que te prometeras
quando irrompeu o cansaço dos
infortúnios.
Aquece tudo em banho-maria.
E verás
que o anoitecer não é o bálsamo
de um dia que merecia o olvido.
Enfeita a iguaria.
Leva-a contigo
sem que um singelo dia
falte à chamada.