11.9.13

Depois da noite tempestuosa


Archotes incensados
vertem a luz que dantes era ausência.
Nas cinzas arqueadas no chão
a mácula de tempos abraseados.
Mas as cores reavivaram,
encontraram cais onde aportar.
Tudo se interroga.
Tudo, como se certezas fossem apenas
incógnitas.
Os sobressaltos contínuos estão extintos.
Ao acordar
por entre a penumbra caldeada pela luz fresca,
o querer inspecionar o mundo.
De o meter na palma da mão
e depois a abrir
e ele voar no amplexo da liberdade.
Na posse dos archotes em sua chama
jurando as preces que alindam
o inteiro mundo.