25.5.12

Cofre (a sete chaves)


Soubera dos segredos
(fosse o tempo um oráculo)
e talvez os combustíveis fossem madraços para ignição.
E depois?
A janela do tempo tutela severa sentença.
Aos arrependimentos
manda o tempo desconhecido abonar inutilidade.
A aventura do tempo é a incógnita por diante.
E o seu sortilégio.

21.5.12

Matar ou morrer?


Toca e foge.
Enquanto é tempo. Enquanto há tempo.
Espalha a confusão.
E quando já só sobrarem
as ruínas de tudo que fora um algo,
estarás vigilante nas fendas do tempo.
Recolhendo,
com cínico sorriso,
os destroços.
Pois por aqui, é matar ou morrer.

17.5.12

Um esboço


Os olhos também se cegam.
Mesmo quando os mantemos acesos.
Arrependimentos são matéria postiça,
como se os dias por diante se alojassem
no ninho das memórias.
Sobra uma espécie de anestesia.
A existência corre em corredores paralelos.
A que conta,
escondida numa penumbra qualquer.