O céu não é o
limite.
E o que é um
limite?
Se só atavismos
ousam esboçar fronteiras.
Os que apoucam a
(dizem)
demência dos
ilimites
são os mesmos
que se cercam de muralhas.
Dessas muralhas
verte-se
horizonte
sitiado na finitude.
Afinal
as fronteiras
fermenta-as o pensamento.
Fora dele
e por dentro do
irrefreável pensamento sem peias,
não há céu porque
não há limites
(ou não há
limites
porque as mãos
não se banham no céu,
para o caso
tanto faz).