Sabias os olhos furtivos
sabias os cais embaciados
sabias as mãos quentes
e sabias as bocas corajosas.
Lias as palavras macias
lias os mundos desconhecidos
lias os mistérios no nevoeiro
e lias os segredos no gorjear dos pássaros.
E não sabias se leras
ou se fora só a campânula dos sonhos.
Que importava se tudo o que contava
eram os contos segredados pela maresia?