22.1.11

Madrugada


A centelha crepuscular
insinua-se pela alvorada
depondo a longa noite invernal.
Ao longe
uma fina camada de névoa
esbate o horizonte.
O dia começa madraço.
Os minutos arrastam-se
lânguidos
a compasso com a preguiça das ruas.
A madrugada
aviva as veias ainda dormentes.

(Em Nice, França)

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