9.1.12

Sinto em mim


A força de um vulcão no limiar da erupção.
As mãos que abraçam os sentidos emancipados.
A respiração, arfante, um módico de êxtase.
A carne já não lívida
um remoinho que se move na sua anárquica forma.
O céu embaciado e, todavia,
penhor dos segredos enfeitiçados.
E uma torrente indeclinável
no dever de ser eu
e esse devir que nunca se destapa
nem se encerra.

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