Enquanto as nuvens se debatem
e as sombras se levantam.
Enquanto os corvos siam
e as folhas capitulam.
Enquanto as luzes persistem
e as alvoradas se não sitiam.
Enquanto tudo não for madraço
e as vozes protestarem sem embuço.
Enquanto os enquantos houver por contar
e um rosário de oxalás se não intimidar.
Enquanto tudo e mais o resto
saibamos roer a corda da resignação
morder as canelas do ímpios que nos
adoecem.
Saibamos povoar a voz que se não atemoriza
saibamos ser o que o ser mandar ser.
Com todos os enquantos e pesares
os poréns e não obstantes
mas sempre na indomável recusa da rendição.
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