Só se ouve a serenidade.
A continência dos olhos que se não marejam
as mãos em sua impaciência
dois corpos interlocutores de um pressentimento
um pulsar em simbiose
as flores numa jarra, decantando despojos.
As noites que se metem na luz clara
e os sobressaltos que jazem, emoldurados
em nada.
Somos tutores de um tempo que é nosso.
Só nosso.
Domámos o tempo fugidio.
Só contam os porvires onde se entrelaçam as
mãos quentes.
Pelo meio dos olhares,
onde o mar se funde com o céu;
e por entre os olhares,
onde os corpos se fundem e são devolvidos
à sua grandeza.
Ou encontram a grandeza que fora
desconhecida.
Um rasto da serenidade que mede um mundo
inteiro.
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