16.11.11

Fragmentos de uma manhã


No silêncio da manhã
os olhos entreabriam-se
e o teu corpo insinuava-se no meu.
Roubava um pedaço de ti
enquanto as preces do êxtase
decaiam em sua combustão.
Os olhos que se entrecruzam
ensinavam a domar águas tumultuosas.
As pinceladas que emprestámos ao céu
devolviam uma claridade que se embaciara.
E nós,
nós éramos os tutores da fortuna.

1 comentário:

Ondas disse...

Sem palavras PVM, simplesmente...