A
capa de gelo:
frontaria
reluzente
onde
o sol se aninha.
À
noite,
quando
o frio consome
as
entranhas de tudo
e
a lua adeja no firmamento,
as
veias incandescem.
O
lugar dos contrários refaz-se,
desafio.
Os
olhos não se demitem.
As
mãos ensopadas em suor,
dedilham
no céu opaco
os
esboços da alvorada devolvida.
Os
amanhãs deixam de ser
uma
espessa camada com sabor a nada.
O
gelo transformou a hibernação
em
quadro tingido a fogo.
Agora
o doravante já não é pesadelo perene.
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