Ah!
olhar presente
que derrotas a indiferença.
Olhar indolente
que congraças a beleza.
Olhar que não pode ser ausente
ou padecimentos estéreis troam,
pungentes.
Olhar quente
leito onde a carne se compraz.
Olhar,
olhar qualquer que seja,
sem que nunca seja ausente.
Pois de sua ausência
sobejam as ruínas do ser.
Tudo deve ser em seu contrário:
do olhar que se não refugia,
o mundo inteiro em sua fulguração.
Até que um olhar se verta no outro
e
por ele reaprenda a ser.
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