Um
(pode-se
dizer?)
parolo
desce à grande cidade.
Ofende
a estética dos
(autoproclamados)
janotas.
Os
janotas passeiam estultícia
mas
não sabem.
Em
sendo janotas
fingem
que apedeutas não são.
Caçoam
dos parolos que:
vestem
andrajos
(mesmo
sendo refulgentes paramentos)
metem
decibéis na converseta com os iguais
amesendam
com alarvidade ultrajando os costumes
e demoram
em regressar às terrinhas.
Os
janotas podiam não sair de casa
em
jornada de costumeira visitação dos parolos.
Evitavam
males maiores à sua elevada estética:
das
catacumbas da “sabedoria popular”
(uma
contradição de termos)
cunha-se
um dizer sintomático
que
manda ensinar aos incomodados
que
o seu incómodo disputa mudança de lugar.
Os
assanhados tutores de uma estética urbana,
fiéis
depositários das normas visuais que não ultrajam,
podiam
mostrar credenciais;
só para
certificar autoridade tanta em que montam
no
papel de juízes de uma estética abonada.
Incultos
e frívolos
descontam
para o ladário da boçalidade.
E
nem dão conta
tão
entretidos em fazer de conta que fazem de conta,
que
um deles é agressão maior que mil falantes parolos.
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