Teces as lágrimas
no mosto da maresia.
As avenidas largas,
o idioma que atravessas
no musgo que se aviva nas pedras antigas.
No rumorejo da manhã
arrematas a esquálida impressão da angústia:
não te demovem os fantasmas
que à revelia se entontecem
com as estrofes que saem da tua boca;
se pudesses
calavas os indignos que cavalgam nas notícias
a única forma de censura admitida a concurso
para às pessoas legares
o des-pesar da alma arqueada.
Não dás ao sono uma capitulação.
Se não puder ser pelos modos propostos
será com a mediação do fingimento.
Nessa altura
todos saberão o segredo
do exílio sem mudar de pertences.
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