Despejo o fogo perdido no coldre puído.
As entranhas sacodem as orações avulsas.
Não foi em vão o destino à míngua de bússola.
O amanhecer irradia os rostos adiados.
Alguns fazem-se adidos das esculturas perenes:
se pudessem também eram perenes;
se soubessem, antes ficassem como são.
Os arruamentos são como muralhas;
escondem dos corsários as incontinentes misérias.
Escondem-se envergonhadas pelo que não são.
Fogem dos dias alumínios que roçam as arestas.
A carne viva cuida das cicatrizes
no provável silêncio.
Não são a matéria apodrecida que dança
no avesso das ondas.
Não são o ciciar espectral que denomina o medo.
O xisto endurecido é a cama para a fala continua.
A encomenda dos pesares não precisa de procurador.
Destemidas as almas que voam no sonho dos dias
no lugar onde o medo se extinguiu
e o arnês ficou vago.
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