Somos feitos de metáforas
a argamassa fina que cola os ossos
a cidade fecunda de onde tutelamos o mar
somos
os gomos gordos que escorregam dos dedos
a alvenaria todavia puída
um refúgio escondido na planície
uma gramática a desjeito
o desajeitado forcado
que levanta o dia pelos cueiros
a mortalha suada sobre a boca servil
uma imenso mapa
à espera de lugar.
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