Gota a gota
o suor bolçado
efervesce a pele
na clepsidra hiante.
Dos olhos
a paisagem sondada
desenha uma silhueta
no escafandro enferrujado.
No perímetro
lugar desviado do sagrado
adormece o adro
em seu sentido espectral.
Diz esta pérgula
que foi síndica de paixões
sem culpa formada
por ser bucólica atração.
Ao mar
as angústias evisceradas são devolvidas
nadam na profundidade
na escuridão em que medram.
Dou-me à noite
guardiã improvável da carne
na anestesia do pensamento
o lugar onde se fabricam os sonhos.
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