Nas mãos
o cordão umbilical da decência de ser.
Nas mãos
vultos que se eternizam,
sal que perfuma os gestos que somos.
As mãos
não deixam mentir:
pelas mãos
os gestos desnudam a alma.
E as mãos,
nós que apertam outras mãos,
acalorada sapiência da enrugada pele
envelhecida com o uso dos dias.
Sem as mãos,
decepadas criaturas
na diluição das marcas que identificam.
São as mãos
olhos de quem somos;
o mapa engelhado que descobre
as linhas que se tecem, por magia,
numa cartografia irrepetível.
As mãos,
oráculos.
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