esperar pela penumbra reveladora.
Os cães danados latem a fúria toda
e nem damos conta como erram nas ruas em redor.
Tomemos o exemplo das andorinhas primaveris
voemos com a leveza que extingue inquietações.
Sejamos como os grossos troncos de árvores
que se enraízam na firmeza das fundas raízes
e não tergiversam nem com tempestades furibundas.
Sejamos tesouras que cerceiam os males andarilhos
a pele onde pousa a bondade
o terreno onde fertilizam as coisas que importam
o baú onde medra a saudade do tempo presente
os cometimentos não estéreis abraçados ao sol radioso.
Aos desatinos vulgares e às coisas mundanas
sejamos contrapartes indiferentes
esteios de uma forma totalmente diferente de ser
até que o ocaso seja apenas uma oportunidade para outra
e melhor
alvorada.
Sem comentários:
Enviar um comentário