Passo pelas curvas traiçoeiras
pelas terras áridas
pelas mãos várias.
Passo pelas luas coloridas
pelas avenidas largas
pelos poços escuros.
Passo pelas cordas de uma guitarra
pelo musgo do cais
pelas voltas de um carrossel.
Passo pelas asas de um corcel
pelas pedras pontiagudas
pelos antros temíveis.
Passo pelos lugares todos
e por outros que aprouver
guardando as facas no bornal da memória.
Passo.
E as mãos tremeluzem
só de saberem o passo pelo passo estugado
nos olhares diferentes
nos cheiros da terra
e pelas singulares estrofes de um poema
sem sal.
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