Lobriguei alcançar
a fábrica dos desacontecimentos
o lugar exuberante
povoado por uma miríade de nadas
repleto de bandeiras a favor da indiferença
sem causas nem apóstolos
(useiramente “personalidades”,
que as massas,
contra os prognósticos dos ideólogos,
gostam
– dir-se-ia, para caucionar o rigor,
precisam –
de ser apascentadas)
nem vagas de fundo,
que essas estão vagas
em sinal de maioridade das massas.
Empanturrei-me
sofregamente
como se fosse o pária dos párias
na ágora dos desacontecimentos
trespassado por um irredentismo não banal.
Deitei-me
uma sensação de total preenchimento interior
era o que sentia na pele em flor
como se a mente pesasse
a tonelagem de um elefante.
Durante os sonhos
entoei uma prece
aos párias dos desacontecimentos
sob o protesto dos gurus limítrofes.
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