Chamavas as árvores pelos nomes
e juravas aos deuses
nos intervalos dos sonhos
que estarias de atalaia
contra os avanços das marés.
Pedias lume à noite imediata
como se à boca subissem os verbos famintos
e na pele fossem tatuadas moradas,
espelhos vigilantes das sombras desenfreadas
no acolhedor cais
onde as rodas viradas do avesso
cantavam poemas malditos.
Tiravas à sorte o lugar
e esperavas,
esperavas que o luar aquecesse o rosto
e de todas as matérias fosse o sangue feito
para desses feitos improváveis
só ler as palavras sentidas.

Sem comentários:
Enviar um comentário