Vejo
a cidade espartana
as pessoas indiferentes
o frio que fere
o silêncio dilacerante
a neve profícua
e vejo
a luminosidade que clareia a noite
os monumentos que exsudam exotismo
o frio que conserva
os vestígios da arquitetura imperial
a aventura da incomunicação.
Vejo
o despoder do avesso
as paredes que conservam
sinais pretéritos
o paradoxal obnubilar do passado
com metamorfose no cânone hodierno.
Vejo
um lugar que se entranha,
seráfico.