Da pauta menor
o penhor da palavra fundadora
a tabuada sem vírgulas
obsessão sem ultraje
as bocas que ciciam os bons nomes
os nomes emparedados.
Hoje
quando ainda há tempo para fugir
prometo o exílio para amanhã
quando o amanhã já puder ser
ontem.
O exílio fica por conta
das boas intenções
– que ninguém pode receber culpas
pela paternidade de um par de intenções.
Já quanto à fusão
entre o hoje que se ajuramenta num amanhã
e o amanhã que passou a pertencer ao pretérito
não se espere indulgência.
O compasso que nos rege
não perdoa o ultraje
dos diferentes modos do tempo.
A palavra
é a cobertura
para todos estes descaminhos.