O exílio que se esportula
a meias com o azedo da angústia
arremete contra o caudal iracundo
na floresta onde se arrumam os sonhos.
Logro a sombra de uma tenaz
como se a uma figura mítica pertencesse
e aviso os deuses de plantão
que vendo dispendiosa a derrota que não intuo.
Manda a tirania dos contratempos
o desmazelo dos fantasmas alinhados
contra os vidros baços que travam o olhar
em labirintos sem o medo metódico.
O corpo suado não responde à lucidez
os versos são a cacofonia não reprovável
e a cada sismo da manhã
antepõe-se a harpa resgatada às cicatrizes.
Sem comentários:
Enviar um comentário