A moldura
esquece o futuro
para não parecer gasta.
O vidro
amanhece baço
oxalá estilhaçasse.
O rosto
adulterado no precipício
esconde-se do espelho.
A memória
antecipa a decadência
na vertigem incorruptível.
As memórias
em herança deixadas
não reclamam toponímia.
O nome
perdoa o passado
no olvido alfandegado.
O nada
o todo completo
aviva-se no destempo.
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