Atiro o rosto
contra a conspiração. 
Não será em mim
legítimo o medo
ainda 
que o medo morda fundo
e deixe a pele lívida
mergulhada em anestesia. 
Atiro ao medo
as munições angariadas
sirvo-me da intrepidez
e convoco o sangue para a rebelião. 
Antes que o medo se componha
e como se de uma maré viva 
me condene à hibernação,
ou à obediência. 
 
 
