Dente por dente
vestimos a selva
e no lugar de um vulcão
no lugar de museus
e das grandes obras da humanidade
damos vida ao rosto da morte
à selvajaria de tirar as vidas do palco
só porque a vingança
faz as vezes
de lei.
Do dente ao dente
passamos do olho ao olho
até sermos todos
obreiros da cegueira
e já nem sabermos
onde estão os olhos outros.