Queria um dólar
o câmbio fortaleza
e nem sabia
que no lugar em que estava
o dólar não tinha serventia
valia tanto
como uma nota de monopólio
ou a palavra jurada dos solenes coveiros
que condenavam a mátria
à irremediável dissolução do futuro.
Dessas juras solenizadas
não se extraía em memória futura
o saldo em mitomania
– e ninguém se lamentava
ninguém queria contas prestadas.
Invocassem não ser o caso
sobrava
aos mandantes hasteados com o aval popular
a imperícia;
tal como
a do dólar naquela mátria
que não sabia da serventia do dólar
a tão glosada nota verde
ali,
estranha como idioma não aprendido.
Sem comentários:
Enviar um comentário