Adormeço na modéstia do sono.
Interiores
as lágrimas adiadas
enfurecem a angústia desaprovada.
As horas a fio
jogadas ao deus-dará
empenhadas na tortura por dentro da carne
o jugo que amestra as almas pretendentes
que não chegam a ser a fiz das suas juras
e não passam de um rumor.
O sono desautoriza a ira
finge não serem caçadores os espíritos malsãos
e entrega a chave das resoluções aos sonhos
o ónus as empreitadas a seu cargo.
Não protestem
contra os espíritos contumazes
ou a angústia não convidada
se o património dos segredos
está a dois dedos das vossas mãos.
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