Desfalecem as pétalas de uma flor moribunda.
Não tarda, tombam com a leveza do nada
que as consumiu.
Nem assim a chuva de pétalas
(que esvoaça numa dança terna)
perde a lucidez das coisas belas.
Tocam no chão;
e fazem-se férteis no solo que as recebe.
Não perderam o branco vivo que as reveste.
Ainda no chão tingem-no com uma capa
que cintila na perfulgência dos raios do sol.
À espera do definhamento
no acobrear que traz a despedida.
21.4.05
As pétalas emancipadas
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