Sempre à escuta,
um orgulho néscio
confunde-se com a confiança ausente.
Canibalize-se a terra que pisas;
outrora aragem de bravura
hoje sinal de descrença.
Amanhã serás uma pífia imagem,
um estertor que se agiganta
na imensidão de uma galhofa colectiva.
Às voltas com a tragicomédia
apertas os atilhos, entretido,
enquanto em cima esvoaça o amanhã que se perde.
Garboso, golpeias os dedos
com a mesma faca que fere a digníssima
verborreia dos outros.
O sangue que jorras é gélido,
contraste do calor que se espalha
pela terra lusa.
Ri-te de ti mesmo,
ó Portugal desnorteado,
para encontrares o teu rumo.
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