As palavras levitam
atiram para cima de todos
o sal quente da tua boca.
Tanto há-de ficar por ouvir
mais o sabor perdido do sal
das palavras por entoar.
Pelas articuladas palavras
que ecoas,
as algemas de ti mesmo.
Sobem dos pulmões
vomitadas com o ar ofegante
dos sentidos alterados.
É o sal da vida,
emoções desenfreadas
sorvidas no cálice frio.
Essas palavras,
mais as que estão por dizer,
o cativeiro dos empenhados.
Extasiam-se,
como se salgada
fosse a plenitude da vida.
Nos sonhos e nas evocações
é essa voz salgada
que desfralda no alto mastro.
Voz que açambarcou
todo o sal de todos os oceanos,
agora só um legado de insípida água.
Houvera alguém de aprender
a destilar o salgada tua voz
e a desdita firmada na pequenez das palavras.
O sal da tua voz é o ouro valioso
o penhor da grandeza das palavras
que soam, cantadas, com o sabor salgado.
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