No meio de
um nada
as mãos estruturadas
desviam as cortinas
uma
fileira de árvores varridas pelo vento
e a
penumbra dos girassóis deitada no chão.
O costume
açambarcado
contra os
estouvados feitores da insubmissão:
protestam:
não se
cuida dos rostos despojados
nem se
tira o sal às palavras
nem sequer
às malditas.
Um maestro
deambula
sozinho.
O olhar
perdido
desembainhando
a melancolia dir-se-ia perene
vendo o
cabisbaixo maestro
como se
fosse ao chão
atirar as
cinzas em que se consome.
No frugal
encontro do dia
à mercê do
majestoso quadro à janela
a falésia bordejada
pela maresia
enquanto
espera pelo luar jurado.
Não
esperem pelo espartano coalhar das violetas
não
esperem que a alegria venha a tiracolo
de
personagens datadas:
antes esperar
pelas esperas sem passagem
turvadas
pelo avesso das veias
cotejadas
com as musas sem rosto
capazes de
estrofes sem fim,
de esperas sem fim.
No cabo
com varanda para o largo mar
de onde apenas
o mar se tem por paisagem
respira-se
um ar infinito:
dir-se-ia
a caução
para a entronização nunca esperada.
Como se o
sítio fosse o marco geodésico
onde
exorcizados se dissipam assombrações.
Tiro do lúgubre
passeio dos desapossados
o
paradigma do tempo desnatado.
Cobro, por
isso,
o dobro às
extremidades ciciadas pelo vindouro
desmentindo-o
no suor do corpo.