Desde apóstolos a visionários
a simples peregrinos
de asas abertas ao prefácio do futuro
cozinhando em lume brando
o inefável dizer
na presença de um exército de seguidores.
Assim são as almas
empenhadas na febre sem medida
levitando numa nuvem de Juno
onde as mãos nada tocam.
Também não precisam:
“a fé move montanhas”,
terçam a seu favor
e, sem demora do precipício que foge à
lucidez,
juntam-se numa impecável organização,
diligente nas regras e na hierarquia,
e empurram,
com a força toda
(mais a ditada para a ata do sobrenatural),
à espera de verem a montanha mover-se.
(Só não
se sabe
se é a
montanha que sobre eles desaba.)
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