A casa sem
pejo
no sobressalto
das vinhas
preparada para
arrefecer a ira
grita contra
as sombras do entardecer
enquanto os
estorninhos regressam ao ninho.
Os
vassalos sem guarda
não sabem do
paradeiro da noite
tropeçam
nos socalcos sem eira
perdidas as
candeias a preceito
em seu
olhar transfigurado em melancolia.
A curva do
rio
deixa à
mostra a quimera
um romance
em forma de paisagem
nos versos
destemidos do orvalho matinal
à espera
do sol complacente.
Na casa há
poejo
e o
perfume incendia o ar
nas labaredas
que desenham as paredes.
Na casa há
uma solidão
e o silêncio
que se ouve
nas muralhas
longínquas onde se vê o mar.
Na casa
sentem-se as mãos atadas
à medida
que o solstício canta às raposas
odes de vazias
estrofes.
Na casa
vivem os mananciais
a merenda
sumptuosa
estendida em
toalha senhorial.
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