Falo
pela minha alma
em
nome de um inventário
bebendo
do cálice singular
os
versos abrigados
que
um nome intruso compõe.
Acerto
com a janela
o
repasto angariado
e
procuro na lua garrida
os
nomes esquecidos.
Oxalá
sejam
as cores atiçadas pela manhã
como
juras seladas em notário:
um
aparatoso desfiladeiro
as
palavras untuosas como desafio
ínfima
lente ocular
curva
sinuosa a meio de um rosto.
A
minha alma fala por mim
entoando
lentamente todas as sílabas
no frutado
sabor da boca
que
ensina os nomes que importam.
Contra
os presságios do mar
desmentindo
as catedrais mitómanas
no
verbo farto
no
leito dos carnudos lábios.
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