13.5.15

O véu dos amantes

Amantes embriagados
com o antídoto do desamor.
Sussurram palavras quiméricas
enquanto embargam o sal do vento.
Amantes de rostos hasteados
compõem estrofes debruadas a ouro.
Perfumam os quartos
com impuras impressões digitais.
Amantes entronizados
com coroa trespassada por bondade.
Desenganam os arbítrios
à medida que trocam de pele.
Amantes que se amam na função inata
enquanto amantes que são.
Pois de amantes serem
congraçam a balsa dos delírios.

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