Não é
a erma vindima
o magma furtivo
o emblema da ira
a seráfica encenação.
Não é
o adiamento provisório
as colcheias desamestradas
o vínculo sem furor
os degraus sem destino.
Não é
a compensação sem paradeiro
a eira banal
o verbo defenestrado
o rosto desfardado.
Não é
o tiro avulso
o penhor prometido
a pulsão meteórica
a justaposição de termos.
Não é
o não saber na casa
o não despojar o medo
o não fugir sem delação
o não arrumar as candeias gastas.
Não é
desaproveitar o ontem
reter a lágrima no peito
insultar o próprio nome
legar um nada cheio de tudo.
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