17.1.24

A inveja dos deuses

As palavras doces sobem à boca. Desenham paisagens no corpo. Cuidam das cicatrizes. As palavras, murmuradas na beleza do estuário levitada pelo entardecer. E nós, emudecidos, curadores das palavras ateadas pela combustão do sangue, soletramos as sílabas do hino hasteado nas nossas mãos. E deixamos ao sol futuro os desembargos prometidos.

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