Quero
que em galáxia se torne
o penhor de meus desejos
um miradouro sem paradeiro
onde a paisagem é esculpida por mim
às mãos fugitivas que se desaconselham.
Como se fôssemos todos apátridas
todos
os guarda-luas diligentes
que não perdoam a indigência
a verdade teimosamente disfarçada de verdade
a utopia hasteada a hino sem bandeira
todo um labirinto sonhado
enquanto o entardecer proclama
a noite duradoura.
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