A bengala puída limpa a erosão do tempo.
conspira contra o futuro à margem do adro.
Se ao menos as rugas hibernassem
se o corpo não fosse um arcaísmo prometido
se a matéria do tempo não fosse volúvel
podia-se estancar a desesperança
que grita desde mares longínquos
audível,
terrivelmente audível,
enquanto a procissão dos vultos
se encaminha para o pântano sem nome.
Se ao menos o fingimento fosse boa moeda
e os tumultos que ateiam o sangue adormecessem
podia ser
que o tempo não fosse o nome do medo.
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