By the book:
as faianças
não se perdem
no penhor,
as mãos congeminadas
são o fogo envaidecido
a tomada de poder
contra os estetas do medo.
By the book:
ainda há manhãs sortilégio
um esboço do avesso do luar
a foz que arremete
contra o estuário.
By the book:
suam as palavras
vulgarmente artesanais
o campo aberto
onde secas se perdem as alvoradas.
By the book:
arrumo a moeda fraca
o porquinho-mealheiro estilhaçado
agora com a alma à mostra
enquanto no adro
as vozes loucas deitam-se nas árvores
e as horas amputam-se de mastros
os imarcescíveis ecos da rebeldia
povoando os versos inacabados.
By the book,
dizias
porque queremos corrimões
bengalas contra a penumbra
um salvo-conduto num labirinto
as modas
que se conduzem na anuência silenciosa
um muro sem limites
um desacontecimento que conspira
e nós
sempre
by the book
desaprendemos a liberdade
contra o ónus da segurança.
Sem comentários:
Enviar um comentário