Escondo do sol
os dedos coloridos
com o sal diurno.
O céu
é um imenso espelho
inacabado
o cunho aceso na fala mordaz.
A véspera das lágrimas
inaugura a coragem
as cortinas descidas
sobre os dogmas avulsos.
A pele desnorteada
à mercê do suor apertado
devolve o gasto sem paradeiro.
À noite
o cais demandado
desliga os sentidos
anestesia a idade
e na hibernação sem intérprete
coabita a carne
sem cansaço.
Sem comentários:
Enviar um comentário