11.8.24

Somos a medula dos nossos sonhos

Somos a medula dos nossos sonhos

hino, bandeira, os corpos em segredo

a redenção do medo

o idioma murmurado em sílabas noctívagas

o espelho que contém o abraço do mundo

arrancamos ao suor honesto 

cordas de violino

um vinho tardio

glaciares que avivam o olhar

um beijo demorado

a maré tempestuosa que disfarça a melancolia

os apeadeiros sem porta da espera

o sangue em ebulição

participando na coreografia do desejo

em palcos inacessíveis.

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