Um escaninho sazonal
emancipa-se da postura municipal
finta o fiscal da obra
e com audácia
aldraba o agente da polícia.
Dantes
quando havia polícia montada
era pior do que nas touradas
– a aritmética dos boçais
em preparos de matiné sanguínea;
agora
por ser agora
e não agoirar a modernidade
a polícia anda desarmada
e não se faz saber
pelo punho das estatísticas armazenadas
que a desordem tenha subido
para a sela da anarquia.
“Manda a verdade”
(dizem os apóstolos dela mesma)
a rebeldia é o cunho dos inexperientes
e sagra-se
com a sazonalidade consanguínea.
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