O degelo que marca a ferro
a cortina derruída atrás do sol
e um punhado de gente
sóbria
caminha no fino fio do dia haurido.
São os profetas sem causa
sócios correspondentes de nada
um estatuto intumescido na fibra meã
contando por suas
as efémeras raízes dos outros.
Lá fora
está tudo pronto para invernar.
Esperamos pelo pleito
os mantimentos reunidos
para o exílio no labirinto do destempo.
A paisagem
sob a tutela da penumbra
deita a noite larga sobre a testa impaciente.
Quando chegar o Verão
vamos sentir a falta
do invernadeiro.
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