31.7.15

Monopólio

Uns seráficos tiranetes
disfarçados de almas bondosas
entretêm-se ao jogo do monopólio.
Fazem de conta que não;
convencem-nos que são generosos
espalhando virtudes outrora ausentes.
E (protestam uns visionários)
empenhando-nos em hábitos saloios
e numa dependência que nos aprisiona
a autonomia.
Cai-lhes a máscara
aos tiranetes do monopólio:
só querem a gula da abastança
enquanto nos viciamos nos seus ardis.
E cai-lhes a máscara
aos visionários do oráculo sapiente:
que não desdenhariam outra forma
de monopólio.

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