Atira uma
lanterna com as duas mãos
atira-a ao
buraco negro
que vem no
limiar do precipício.
Não te esqueças
de ordenar à lanterna
que faça luz
quando chegar ao chão.
Mesmo que se
despedace em mil bocados.
Pode ser que um
desses bocados
contrarie a
gravidade
e empreenda a
subida do precipício
só para te
mostrar uma nesga do futuro.
Talvez entendas
então
que o futuro
antes do tempo
é um revolver
enfiado
na têmpora do
próprio tempo.
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