Soubesse
depois
o
que não sabia hoje
e
o tempo seria um engodo.
Por
isso
prefiro
não saber
os
alinhavos do amanhã
nem
sequer perguntar,
a
astrólogas e outros peritos,
pelas
fraldas do futuro.
Prefiro
esperar pelo seu sortilégio.
E
isto
sabendo
(do
pouco que me é dado a saber)
que
somos matéria futura
cerzida
na ininterrupta sequência
de
pontos diários.
No
dia em que o porvir
viesse
revelar-se a meus pés
preferia
a hibernação dos sentidos.
Para
não saber o que não tem carestia
mais
vale meter lustro
na
luminosidade dos dias presentes.
Do
porvir
apenas
se sabe da sua incerteza.
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